Em tempos de paz uma guerra urbana se instaurou. Esses malucos, Diogo C. Scooby e Thiago Miani, se reúnem para falar de teorias da conspiração, virais da Globo, crime organizado, tráfico, festas de casamento, músicas ruins e presentes de Natal.
Em um programa declaradamente filler, a pauta foi jogada pela janela, Alborghetti domina a situação e a polêmica rebate mais que bala perdida (e com munição de alto calibre).
Entre tiroteios e eventos olímpicos, ainda tentaram fazer a leitura de comentários, esses malucos se reúnem para falar de maconha, bundas e edição de áudio e, com sorte, mantém o papo tempo o bastante para ler os comentários das edições 29 e 30.
Com baratas e bazucas (tá aí um bom nome pra um jogo) e muitas vozes de esquilos, temos a falta de vergonha na cara de apresentar O Cadeia de Eventos 31.
Divirta-se:
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Links dos comentários:
http://nada-aqui.posterous.com/
http://www.dimensaonerd.com/2010/11/29/camisa-de-forca-16/
Links da discussão:
Força de paz sob comando do exército nos complexos da Penha e Alemão
Ouvidoria da polícia faz panfletagem no Complexo do Alemão
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Sugestão para “canelada”/”chute no saco”/”headshot”/whatever: “Tiro no Pé”. Tá dentro da temática geral do podcast, não é? 😀
Muito já se escreveu sobre o assunto. Além do aplauso pela apreensão de droga e de armamento, me limitarei a preocupações ainda não aventadas suficientemente.
1ª – Não adiantará muito prender ou eliminar os que estavam incendiando os veículos. Estes são familiares de presos menores, forçados a fazê-lo sob ameaça a seus parentes. Maior efeito teria sobre os chefões, castigando-os severamente a cada ação de seus bandidos na rua. Claro, isto não será possível enquanto os direitos humanos dos bandidos forem maiores do que os direitos humanos de suas vítimas.
2º – Todos os pequenos traficantes mortos ou presos são descartáveis e facilmente substituíveis. Os grandes estão fora do alcance. O único segmento que podemos atingir eficientemente é o usuário, que financia tudo. Enquanto quisermos tratá-lo como doente e coitadinho nada funcionará. Temos que impor pesada multa ou trabalhos forçados, conjugado com uma campanha psicológica como a que foi feita contra o cigarro; centrada não sobre o perigo (que atrai os audazes), mas sobre o mote de que “a droga é para os fracos”.
3ª – Quando aquele tenente do Exército entregou três traficantes à facção inimiga apareceram o MP e os “direitos humanos” para atacar o Exército. O Beltrame disse “o Exército não está preparado para atuar na Segurança Pública…” Agora, por passe mágica, o Exército virou “a solução para o Alemão”… Mais cedo ou mais tarde alguém terá que atirar. Será processado também?
Todos sabemos que a responsabilidade terminará nas mãos do Exército, e que em breve o atual aplauso das comunidades se transformará em descontentamento, pelo prejuízo à estrutura econômica baseada no tráfico. O Exército sabe que só poderá ter sucesso acumulando o poder militar com o poder político, sob lei marcial. Ou não?