Retrocomputaria 18 – Parte A – MSX no Brasil

Este é o episódio 18 do Retrocomputaria, totalmente dedicado à saga do MSX no Brasil.

Com nossos convidados Márcio Lima e Rogério Belarmino, falamos sobre o contexto e as condições da época da chegada do MSX ao Brasil, de Expert e Hotbit, de Gradiente e de Epcom/Machline/Sharp do Brasil e… a partir daí começamos a perder o controle do episódio para a trollagem ilimitada de participantes e convidados.

Além disso, uma seção de notícias.

Ficha técnica:

  • Participantes: Ricardo, João, Cesar, Sander e o Anônimo
  • Convidados: Márcio Lima e Rogério Belarmino
  • Duração aproximada: 52 minutos
  • Músicas de fundo: músicas variadas

URLs do podcast:

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Dennis Ritchie: 1941-2011

  Há uma velha máxima entre certos mais antigos na computação de que, se Deus usasse barba, ele seria um programador Unix. E é com pesar que, exatamente uma semana depois do falecimento de Steve Jobs, viemos comunicar a morte de um dos que criou não um, mas dois universos: O da linguagem C e o dos sistemas operacionais padrão Unix.
  Dennis Ritchie foi pesquisador do Bell Labs, e junto com Ken Thompson, criou a segunda linguagem de programação mais usada na atualidade, e as bases para o padrão de sistemas operacionais mais ubíquo desse nosso planetinha azul. O C e os sistemas padrão UNIX são tão presentes, que não imaginamos como seria a computação sem eles. A Internet, os programadores, os entusiastas, os sysadmins, enfim, toda a sociedade da computação deve respeito ao trabalho desse barbudo aí de cima. Sem o que ele fez, não teríamos muito do que temos hoje em dia.
  No futuro, iremos falar do UNIX, da sua gênese e do seu emprego, de dispositivos móveis a supercomputadores, passando por microcomputadores de 8, 16 e 32 bits dos anos 1970 a 1990. Que sua alma descanse em paz, e que seu legado viva para sempre. Nós, do Retrocomputaria, nos enlutamos pela irreparável perda.

5 respostas para “Retrocomputaria 18 – Parte A – MSX no Brasil”

  1. Quando o assunto de um Retrocomputaria é MSX é mais do que certeza de um podcast de altíssima qualidade e esse é claro que não podia ser diferente né? Mas uma vez uma aula de história e dessa vez uma aula bem tupiniquim, gosto muito de conhecer a história dos micros em geral, mas quando o assunto é Brasil ele fica até mais interessante pelo fato de termos tantos problemas com impostos e inflação, com isso é sempre interessante ver quem apostou no nosso mercado e qual foram os resultados.
    E vamos combinar que dessa vez vocês se empolgaram MESMO pra falar mal do Expert hein? Algumas horas o povo tava tão empolgado que parecia que o áudio tava acelerado de tão rápido que o povo estava falando(isso não é uma crítica viu! Achei divertidíssimo ver essa empolgação.). E pelo que eu pude ver o corte foi bem na parte em que realmente ia começar a descambar tudo… Agora fica ai a espera pela próxima parte…rs
    RIP Dennis Ritchie

  2. Ahh, o MSX. Eu tive o prazer de possuir um Expert da Gradiente, de N-ésima mão. Eu pedi um como presente de aniversário ou algo assim, depois de ter mexido no Expert de um primo. Expert esse que ele e o irmão tinha ganhado do meu tia ANOS antes, mas praticamente NUNCA tinha saído da caixa, até eu me meter a pegar aquilo e convencê-los a ligar na TV do quarto da empregada para tentar “brincar” com aquilo, usando o cartucho que já vinha com ele, contendo várias aplicações-exemplo. Inclusive aí uma espécie de PAINT, que você controlava com o joystick (ou as setas do teclado), no lugar do mouse 😀

    Depois que passei a ter meu próprio MSX, lembro que adorava ficar descobrindo como fazer coisas no BASIC dele, programando tudo de forma auto-didata, baseado no que aprendia nos manuis que o acompanhavam, mais alguns livros de programação que vieram junto, com páginas e mais páginas de comandos DATA, que eu tentava digitar fielmente, sem errar, para no final ter um programinha meia boca que não sabia para que servia, ou um joguinho pra lá de fuleiro 😀

    Lembro também que com menos de 1 mês de uso a “caixinha conversora” para ligar na TV “pifou”, e tive que me virar para achar alguma assistência técnica que consertasse aquilo. Felizmente eu achei, graças aos classificados do InformaticaEtc da época (isso foi em 94!). Levou VÁRIOS meses para conseguir tê-la de volta e funcionando, mas depois foi só alegria 😀

    Uma coisa que eu adorava fazer era ficar digitando sequências e mais sequência de comandos gráficos para desenhar modelos de teclados musicais na tela (estava tendo aulas de teclado na época, e estava fissurado pelos váios modelos que via anunciados nas revistas sobre música e instrumentos musicais). Fazia sempre primeiro o rascunho num papel milimetrado, representando os pixeis, e depois era só uma sucessão infinita de “line”s, “arc”s, “circle”s e afins. Sim, eu era maluco a esse ponto 😀

    Mas a melhor parte vem agora. Como eu não tinha aquele gravador próprio para salvar e carregar os programas em Fita Cassete, eu fazia uma tremenda gambiarra ligando o computador num aparelho de som da CCE (daqueles toca discos baixinhos, com duplo deck e acabamento lateral em madeira!): ligava a saída na entrada de microfone, para gravar, e depois usava a saída para fones de ouvido para carregar. Deixava tudo preparado: para salvar, já estava com o REC ativo no som e acionava em seguida o comando de salvar no MSX (não lembro mais qual era), utilizando sempre a menor velicidade. Dava para gravar uns 2 ou 3 programas em cada lado das fitas 😀 E para carregar, acionava o LOAD no MSX e dava play na fita. Era um bacalhau daqueles, mas não é que funcionava? Bom, pelo menos em mais da metade das vezes 😀

    Bons tempos, bons tempos. Eu fico recapitulando aqui, “ligando os pontos” (como diria Steve Jobs), e chego à conclusão que, se não fosse por aquele MSX, naquele momento (e por um XT VELHACO que acabei ganhando dois anos depois), talvez eu não tivesse seguido no caminho do curso de Ciências da Computação, pois foi no MSX que criei gosto pela programação, pelo fato de poder CRIAR meus próprios programas. E esse gosto por programação me fez criar uma série de comandos utilitários em LISP (quem conhece sabe o TERROR que é programar em LISP :D) para o Autocad 12, que eu usava no estágio em um escritório de engenharia, na época que cursava Edificações no CEFET. E por conta desse estágio, e do que eu pude fazer ALÉM nele, que criei gosto pela Informática, no lugar da Arquitetura ou até mesmo da Engenharia. O MSX já não tenho mais, assim como o XT. Foram doados já nem lembro mais para quem.

    Bom, ficou longo, mas eu tinha que contar esse meu passado maravilhoso com o MSX para alguém 😀

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