No episódio de hoje, Paulo Elache e Edgar Smaniotto resenham a antologia brasileira “Steampunk – Histórias de um Passado Extraordinário” e conversam com Carlos Alberto Machado, Marco Ortiz e Rogério Brito para discutir e definir tudo (ou quase isso) sobre Steampunk, o gênero literário e o movimento cultural.
Divirtam-se!
* Vitrine especialmente produzida por Carlos Relva
* Locutor anunciador: Marco Ortiz
Livros citados:
De Gianpaolo Celli (organizador): “Steampunk – Histórias de um Passado Extraordinário”.
De Fábio Fernandes: “Os Dias da Peste”.
De Octávio Aragão: “A Mão Que Cria”, excelente obra brasileira (do criador do “Projeto Intempol”) de Ficção Alternativa (já que o Paulo Elache não a classifica como steampunk) publicada pela Editora Mercuryo em 2006, que pode ser encontrada aqui. Foi resenhada por Edgar Smaniotto na revista Scarium #19 e por Eric Novello no Aguarras.
De Tim Powers: “Os Portais de Anúbis” (The Anubis Gates), excelente obra de Ficção Científica Fantástica (já que o Paulo Elache não classifica como steampunk viagens no tempo envolvendo tecno-voodoo-egípcio), publicada no Brasil pela Editora 34 em 1995. Imperdível! E pode ser encontrado aqui ou acolá.
De Júlio Verne: Coleção completa, nas bancas.
De Philip José Farmer: “O Diário de Bordo de Phileas Fogg” (The Other Log of Phileas Fogg), ler resenha aqui e comprar acolá.
De Harry Harrison: “A Transatlantic Tunnel, Hurrah!”, também conhecido como “Tunnel Through the Deeps”.
De William Gibson e Bruce Sterling: “The Difference Engine”, livro steampunk escrito pelos pioneiros do movimento cyberpunk, que será publicado no Brasil pela Editora Aleph – leia aqui a notícia.
Da Editora Draco, vários lançamentos anunciados para 2010.
Da Editora Devir, anunciado o lançamento de “Xenocídio” (de Orson Scott Card), terceiro livro da “Saga de Ender”.
.Outras mídias citadas:
História em Quadrinhos:
- Os dois volumes, publicados pela Mythos Editora, de “Docteur Mystère”, resenhados aqui, ali, lá, acolá e cá também.
- “Os Passarinhos” (tirinha de Estevão Ribeiro), aqueles dois lá no canto direito da imagem de vitrine do podcast, o baixinho (Hector) e o magrão (Afonso), vestidos à steamplay.
- Conforme citado por Edgar Smaniotto, a graphic novel “As aventuras de Luther Arkwright” (The Adventures of Luther Arkwright), publicada em dois volumes no Brasil e que pode ser encontrada aqui.
- Uma citação controversa – a graphic novel “A Liga dos Cavaleiros Extraordinários”, de Alan Moore – pois, apesar dos elementos steampunk espalhados na obra, é Ficção Alternativa.
- Outra citação de Edgar Smaniotto, sobre as revistas do Zagor.
- E, como curiosidade, uma ilustração steampunk de Hellboy, discretamente inserida por Carlos Relva no canto esquerdo da imagem de vitrine do podcast.
Ilustração: Aqui você encontrará o assunto citado por Carlos Alberto Machado sobre uma releitura steampunk do “Sítio do Picapau Amarelo”, de Monteiro Lobato, num “vaporoso” trabalho de conclusão de curso (TCC) de Arthur Moreno Milan Parreira.
Música: Exemplos desse estilo nos links Gilded Age Records, The Clockwork Cabaret (steampunk radio) e num artigo da revista Matrix Online (“Pump Up The Volume: The Sound of Steampunk”) com vários links.
Cinema: “Steamboy”, de Katsuhiro Otomo – encontrável aqui; o filme mencionado por Paulo Elache (apesar de não considerá-lo steampunk) “The Prestige” (no Brasil, O Grande Truque) – que pode ser encontrado aqui.
TV: “Warehouse 13”, série citada por Carlos Alberto Machado, que passa no canal pago Warner (e nos USA, no canal SyFy).
Eventos: Os “Piqueniques Vitorianos”, comentados por Carlos Alberto Machado.
.Podcasts sugeridos:
Science Fiction Book Review Podcast, the smallWORLD (especial Steampunk), Grifo Nosso e Papo de Artista (especial Steampunk).
.Links:
Artigo da revista Carta Capital sobre Steampunk.
Comunidade Steampunk no Orkut.
Loja Paraná do Conselho Steampunk.
A comunidade virtual “New Babbage”, uma cidade vaporosamente vitoriana no Second Life. Detalhes aqui, ali e acolá (com direito à video-tour).
SteamBook, a rede social brasileira steampunk citada por Carlos Alberto Machado.
Clube de Leitores de Ficção Científica (CLFC)
(Não deixem de se inscrever na Lista de Discussão do CLFC)
.Editoras Tarja, Aleph, Draco, Devir, Giz Editorial, Intrínseca, Sextante, Amazon, Estante Virtual, RBA Coleccionáveis
.Para críticas, dúvidas e palpites, mande e-mail para: podespecular@gmail.com
E para apontar nossos deslizes… No mesmo e-mail (fazer o quê?)
Eu sou obrigado a confessar que não sou muito fã de Steampunk. Mas fiz a lição de casa e conheço alguma coisa, li sobre o gênero e tudo mais.
Bom. vamos primeiro as criticas.
Embora o papo tenha rolado muito bem e com ritmo ouve muita discordância acerca do assunto tratado. Digo que, ao passo que um falava sobre a ambientação Steampunk, com suas maquinas a vapor e gigantescas maquinas de fazer coisas simples, outros falavam da temática que é mais o aspecto da revolta e da contra cultura.
Ambos os aspectos fazem parte do que é o Steampunk, e só focar um deles ao falar do gênero acabou por tornar confusa a divagação.
Poderiam ter falado um pouco mais sobre a parte do conflito comum (que ao meu ver sempre foi a critica a revolução industrial, por isso que a fase mais popular é a “Era Vitoriana”) um pouco mais sobre a ambientação mais clássica da sujeita e fumaça, e dos heróis mais comuns desde o gênio maluco ao braçal revolucionário. Até mesmo uma descrição dos clichês mais comuns para a pessoa poder se identificar claramente com o que está sendo mostrado.
Faltou citar um filme que eu julgo importantíssima se visto retroativamente que é Tempos Modernos. Que pode não ser Steam, mas é Punk.
Afora esses deslizes de centro de pauta o papo foi excelente e me convenceu a dar uma nova chance pra a literatura da era do vapor e das válvulas.
Muito obrigado pelos comentários, Serial101.
Assim como no primeiro programa, onde confusas opiniões sobre Ficção Especulativa rolaram na gravação, aqui mais uma vez o gênero em questão – Steampunk – nos leva à várias definições e digressões, em parte por sermos, como você, neófitos nesse tipo de literatura; por outro lado, não queríamos apresentar aos ouvintes uma visão monolítica do tema, deixando que um variado leque de opiniões arejasse esse maravilhoso fórum que é o podcast.
Além do mais, o espírito nas gravações estava mais para o descontraído papo-de-boteco 🙂
E você já nos ofereceu – atendendo nosso pedido de definições de Ficção Especulativa no episódio atual (#03) – sua ótima e “vaporosa” definição de Steampunk, obrigado.
Mais uma vez agradeço e espero que continue nos acompanhando criticamente (pois só assim melhoramos) e que leia (e curta) tudo o que indicamos e resenhamos.
Abraço,
Paulo Elache (do PodEspecular)
Ói nóis aqui traveis.
Um comentário rápido: não existe nenhum gênero que esteja a salvo de controvérsias, ainda mais sci-fi. Sempre vai aparecer um ‘talibã’ defendendo as raizes do gênero, querendo excluir do gênero tudo que saia da linha, ou crinado sub-gêneros ‘impuros’ para estas. Se fumaça e sujeira é um determinante, a série Firefly, por exemplo, deveria se encaixar nela.
Eu, particularmente, acho isso tudo uma grande bobagem.